My Life as Dessa

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

I can't take another night on my own.


Estou assistindo enquanto você chora por alguém que não te merece, e há algo dentro de mim que deseja fazer o mesmo por você, mas estou tentando ser forte, não estragar os laços que existem entre nós.
Depois de todas as lutas pelas quais passamos, a dor que vencemos e todas as vezes em que assistimos um ao outro perdendo, permanecemos aqui.
Talvez, agora, eu não entenda completamente os motivos que você tem para desejar alguém que simplesmente não é bom o bastante para você, mas eu precisava te avisar disso... Eu te amo.
Eu vou estar aqui quando você chorar e precisar de consolo, vou ser quem te ama todas as vezes em que pensar estar sozinho e vou fazer o possível para que você não se machuque. Todas as vezes em que te ajudei a se reconstruir, valeram à pena. Não porque te tenho, hoje - e isso seria mentira, meu tu já não és à tempos - mas por ver teu sorriso e saber que quem o causou, fui eu.
Talvez então, você também não entenda porque ainda preciso de ti, ou porque corro atrás quando sei que é uma batalha perdida... Mas não dá pra desistir de ti, não agora.

Nothing like that.


A cena se repete.
Ela levanta mais cedo, ele permanece na cama depois do despertador tocar. Ela vai para o chuveiro, se arruma, se maquia, se veste, se olha no espelho. Ele luta contra a preguiça e permanece embaixo das cobertas por um longo tempo. Ela deixa sua casa. Ele continua lá. Ela está andando com um copo de café em sua mão, ele está encarando a parede com um olhar vazio.
Ela vasculha o passado tentando ver seus erros, ele tenta parar de pensar no mesmo. Ela chega em seu destino, ele nem saiu do ponto de partida.
Ela tenta secar as lágrimas, ele tenta contê-las.
Ambos desejam voltar no tempo, contudo, os motivos são completamente diferentes. O passado está se fragmentando a cada volta do relógio, o brilho se torna opaco e o tempo cobre os sentimentos que antes era vivos, intensos.
Assim como um inverno rígido depois de um longo verão, o frio permanece entre eles, e torna-se absoluto.
Não que fossem esquecer, por mais que fingissem já não se importar, mas eles pareciam tentar achar algo como aquilo que tinham antes, em todo lugar. Mas não havia nada igual. Ela sabia disso, ele também. Ambos ignoravam o fato evidente.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

The things that I wanna say, but...


O desespero é apenas um complemento. Algo que vem por consequência de toda essa onda de sentimentos sufocadores e, por mais irônico que pareça, se sobressai ao restante, como se chegasse exclusivamente para reunir toda a dor e o nervosismo em uma palavra só.
O coração está correndo mais rápido do que nunca, e as expectativas parecem distantes demais. Pessimismo? Não, eu diria... Realismo.
Todas as antigas fontes de conforto simplesmente parecem não bastar, e, na escuridão absoluta, encontra-se uma alma inquieta, aguardando pelo destino torturador que já é esperado.
As vozes que costumavam significar um porto seguro em meio à tempestade agora parecem incômodas, as pessoas e os abraços parecem mais necessárias do que nunca, mas não há tempo para chamá-las. Os pensamentos estão rápidos, procurando uma solução fantasiosa para um problema sólido demais. Há, afinal, como fugir do desespero?
É como se eu estivesse correndo para direções opostas, confusa, presa em um labirinto sem a mínima ideia de onde se encontra o caminho certo. É como... Como andar em círculos.
E eu diria, que se pudesse iria escolher a dor, um problema para o qual há solução, no mínimo, formas e mais formas de amenizá-la. Mas... Como encontrar uma saída para o desespero quando nem mesmo posso parar para respirar, e pensar? Não é calmo, melancólico ou simplesmente expressivo como a raiva.
Não faz sentido. As coisas que eu gostaria de dizer simplesmente somem, diante de meus olhos, as soluções dissolvem-se à minha frente, e a luz no fim do túnel, apaga-se.
É desesperador, parece não ter fim.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

So fast that sometimes you lose it.




Todos os vestígios de uma decepção.
Unhas roídas com esmalte descascado, olheiras, papéis rabiscados pretos e marcados para todos os lados. Xícaras vazias - que antes tinham café -, fones de ouvido que gritaram repetidas vezes minhas músicas preferidas, roupas confortáveis, um celular desligado e um computador fechado enquanto eu observo o teto.
Era esse tempo vazio que eu devia chamar de 'pausa para respirar' depois de toda a tortura pela qual passei. Tudo bem, a solidão é dolorosa, mas evidentemente, necessária.
Volto à cruel fantasia, ainda mais evidentemente realista e complexa e me envolvo em dor contínua enquanto assisto todos os outros comemorarem suas glórias. À mim, só restam as batalhas perdidas, as esperanças falsas e todos os vícios destrutivos que consegui acumular.
Eu só procuro todos esses problemas como se eles fossem os mais atrativos valores.
Não me importo com as consequências, parar para pensar é perda de tempo, dúvidas só criam mais problemas e eu preciso arriscar.
Eu só não me importo comigo mesma como antes, como deveria.
E gostaria de que tudo que eu falasse fosse verdade. Que tudo estivesse esquecido e que a dor fosse algo que eu já tivesse apagado.
O que eu ainda não consegui esquecer, é o que sinto por você.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

You always say this is the last time.


Eu preferi sofrer, arranjar desculpas, desistir de lutar, parar de correr atrás, chorar em silêncio, confidenciar meus sentimentos para poucos, não me humilhar, não dizer 'eu te amo' sabendo que não serei correspondida.
Eu preferi não me mudar para te agradar, não tentar ser quem você quer, desistir de tentar fazer você me amar e continuar sendo inútil.
Eu abandonei as palavras pelo chão, minha vontade de continuar, minha motivação, meus sonhos defeituosos, minhas falsas esperanças, minha alegria constante. Abandonei a alma sorridente em um canto da sala e simplesmente esqueci que ela existia.
Me apaguei aos erros, às lágrimas e à dor.
Passei a ignorar os problemas alheios e deixar de prestar atenção em quem passa tempo demais tendo pena de si mesmo.
E eu só não consigo me manter longe do que me machuca, do que me destrói.
Me enterro em um mundo obscuro, que não faz sentido, enquanto arranjo respostas destrutivas para minhas decepções insignificantes.
Em algum momento, você para de acreditar em todas as coisas bonitas e delicadas que ensinaram à você. Você deixa de sonhar com sorrisos e tudo que você consegue prever para seu futuro é a áspera realidade que nos corrompe.
Está vendo toda essa bebida descendo por minha garganta agora? Está vendo as marcas das drogas em meu sangue? Está vendo todos os sintomas? Todas as angústias e o quanto preciso de você?
Isso é temporário. Eu posso me acostumar como aconteceu outras vezes. Você é só um jogo.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Darkness.


Guarde as palavras que eu disse à ti por motivos superficiais, querendo dizer muito mais. Lembre do que eu tentei dizer quando fui repreendida pela insegurança. Considere todas aquelas coisas que ficaram no ar, mas que obviamente referiam-se à você. Seja exatamente o que eu preciso quando eu estou mal. Deixe-me longe dos problemas por algumas horas, está tudo confuso.
Chame meu nome quando eu estiver perdida no escuro e salve-me para seus braços, eu preciso de você.
Diga-me que sou importante para você, eu preciso ouvir isso. Esqueça todas as razões que nos separam e sussurre as três palavras como costumava fazer. Faça com que eu seja sua e me dê certeza de que não vou te perder, nunca.
Acolha-me próxima a teu corpo, fazendo com que eu sinta sua respiração em mim. Entrelace nossos dedos e faça-me sentir amada, desejada. Olhe em meus olhos e de repente, feche os seus. Aproxime-se demais e me deixe entorpecida com sua boca junto à minha. Beije-me e esqueça que há um mundo em volta de nós.
Torne-se ainda mais essencial do que já és e faça as horas solitárias em que ficamos separados, torturantes.
Não deixe-me esquecer seu gosto, seu jeito, suas manias, as palavras que você disse ou o motivo pelo qual minhas lágrimas caíram repetidas vezes: Saudade de você.
Torture-me com a vontade de fugir junto à ti quando os problemas nos cercarem. Cale as discussões com as músicas que nos lembram porque há amor em nossos corações.
Por favor, guie-me até onde tu estás e seque as lágrimas que estão caindo agora, o resto não importa.
Eu te amo.

Hell(o).

'' Oi, tudo bem? ''
Era a mesma pergunta, a mesma pessoa da
outras vezes e a mesma irritante - e mentirosa, obviamente - resposta, '' tudo ''.
Não, eu poderia ter dito, não está tudo bem, nunca vai estar.
Não está, sabes por quê? Porque estou falando com você, consequentemente correndo atrás de tudo novamente e... De nada adianta, não sou nada para ti. Porque eu te amo e calo-me em um silêncio incômodo quando me perguntam sobre isso.
Mas, não estou também pelas causas triviais, porque o ônibus atrasou, porque minha coca-cola não tinha gás o suficiente ou porque falta dinheiro para a viagem dos meus sonhos. Não estou porque continuo não me importando comigo mesma, preferindo ver quem não se importa comigo sorrir.
Não estou porque o sol não parece nascer como antes, o brilho e as cores não são tão mais fortes e porque os sorrisos parecem todos falsos.
Não estou, mas não é nada que eu deva dizer para você. Você não quer me escutar, muito menos precisar me reconfortar... Mas faria uma grande diferença, se você quisesse.
Não estou e não vou dizer nada, porque estou o tempo todo tentando fugir dessa dor que me preenche. O sangue que corre em minhas veias parece acabar. A pulsação se torna apenas uma vaga lembrança do que é vida. Todos os erros parecem mais tentadores, assim como acabar toda essa história de 'viver'.
'' Tudo '' Eu respondi de forma natural.
Não era o que eu queria dizer. Eu só estou cansada dessa vida, dessas mesmas pessoas e da sociedade hipócrita que me envolve.
Estou cansada de não poder dizer o que sinto, de não ser ninguém, de precisar de ajuda ou permissão a cada passo que dou.
Estou cansada de mentir para você. Não, não está tudo bem. E eu te amo.